A POESIA, AS SUTILEZAS DA ESCOLA ESTADUAL FRANCISCO CAMPOS
"SUTILEZAS...
... A ESCOLA encontra-se fechada num paradoxo de si mesma eternamente aberta; simbólica em sua arquitetura abrindo -se em luz. Em leve lembrança num tempo de pensamento e suave praça com seus diversos alunos, professores e todos que por ali passaram vagarosamente ou em rápidos piscares de estrelas;
... pergunto: saudade inadiável ?
e torno -me testemunha de uma viagem pelo tempo que se eternizou;
as janelas subitamente veem seus alunos e violões
seus hinos e suas obras;
e o futuro é...
Quantos anos se passaram?
Vejo apenas a praça e o banco coberto de flores.
... Vejo um a um subindo levemente os degraus e eternizando o tempo na ESCOLA ESTADUAL FRANCISCO CAMPOS;
ou melhor ESCOLA NORMAL em largos estreitos vastos sonhos ...
No seu silêncio e rumor de alegrias, redações eram lidas na praça e entre sinos; cantos e teatros;
as exatas matérias também ... em tempos cronológicos tornavam-se exatidão em largos espaços no branco amarelo; solares ...
Tudo era ... o ser sendo...
Impossível descrever a grandeza e o cheiro de flores exalado DA ESCOLA ...
Vou chamá-la: Saudade ... quase perto de uma IGREJA DO ROSÁRIO e suas tradições de dançantes em bolhas de milagres e palavras mágicas e cantos e cantos e danças vivas no tato das mãos e no exaltar dos pés em oferendas , grilos e encantos de procissões e encantado caminho cheio de luzes na sua decoração e fotografia.
Seguirei outra rua ... a vida é assim e eis que vejo o SANTUÁRIO, IGREJA DA MATRIZ ...
E assim vou bordando essa imagem da ESCOLA.
Pergunto: é a mesma de ...ontem?
e uma leve resposta ... sim ...água
... tomarei um sorvete sentada nesse banco; e de ti posso apenas narrar cenas que ficaram na memória; imperceptivelmente adio o momento
... caminho por entre corredores e avanço no encontro do movimento dos olhos e dedos; digo - Movimento modernista - e EMÍLIO MOURA atira um novo gênero literário entre uma rosa e uma folha em branco
olho, então, da janela e digo Silêncio e entardecer
e nos olhos de CARMINHA GOUTHIER, entre asas soltas de borboletas... luminosos reflexos de sol traduzem - todos que por aqui passaram ...
E a Escola se abre para alegria em tardes e manhãs vazias plenas encantadoras.
TUDO INFINITO PRESO EM CORES E RAÍZES e todos me dizem secretos desvelados segredos;
e num banco da praça Ela me diz - Nossa Senhora das Dores é padroeira da cidade; e as luzes se acendem para os dançantes passarem em passos mágicos de brilho e cor.
Mas digo : " ... porque se eternece o algo doído de Índia, EMÍLIO..." e a resposta é... casulo de pedra e aventura poética nos caminhos do espelho.
A Escola é normal e essa lira é de todos.
... Meus olhos se prendem é na noite e luzes de danças; festa típica de DORES E VAI SEGUINDO ATÉ A MATRIZ onde uma árvore em sua nobreza me permite fazer um discurso rosa - clarinho , na praça onde pontualmente ELE celebra uma missa;
é real ou imaginário ?
vou voltando e UMA VOZ ficou para sempre gravada: " você também é responsável ... eu tenho a minha mão domável ..."
... a imagem; o canto e o violão.
Vou ressaltá-lo no poético dessa escada:
o GUTO dos Festivais, a espalhar a música por entre todas as artes, formas ou não de arte e com os Amigos da ADI,
vai musicar e homenagear todos que por essa magnífica cidade passaram.
E grito com aleluia – Dores do Indaiá tem CASTELOS e HISTÓRIA
e me perco entre músicas dançantes dos dançantes
tudo é tradição ... luz ... milagre ...
... A porta se abre - a ESCOLA - SE ETERNIZA ...
E no meio do canto de gaivotas e cheiro de alecrim cada um é essência e plenitude nos ares de ...
... caminhos de "DORES" e de "FLORES" DO INDAIÁ."
Texto da professora, poeta e teatróloga Elene Maria
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